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A SNOWY EVENING

I didn't mean to sit in a bar
With someone I barely knew,
Running my finger through water
Marks like some sage historian
With a brandy problem - an archaeologist
I met once...Well, that's beside
The point, his theory died with him,
The waitress who lived with him
Couldn't read. What seams so clear
In retrospect, circling night like an osprey,
Over meadows and hedges, the lost soft
Colors of youth...Or friends grown
Estranged, particular towns gone touristy.
Odd ramparts rising up sides of a wind-blown bluff -
Not ruins in the traditional sense, you understand,
But the mystery that clears itself up
At the end of the book, I've always loved you, she said.
Gulls fluttering that look like napkins.
The hill opposite, like a bear's back -
As predictable outcomes deflate, fall into water like bark
When no one but children are watching...What is
Scratched, discolored and small...so small you have
To crouch close to the painting, an arrowhead perhaps
Among the chickens, flat pebbles, bearded men
Passing one of the several painted gates.

///

UMA TARDE DE NEVE

Não tive a intenção de me sentar num bar
com alguém que mal conhecia,
a percorrer com o dedo os carreiros
de gotas de água tal como um genial contador de histórias
com um problema de aguardente - um arqueólogo
que encontrei uma vez...bem, isto não vem
ao caso, a sua teoria está bem morta,
a empregada que dormia com ele
não sabia ler. O que parece tão claro
em retrospectiva, voa em círculos à noite como uma águia-pescadora,
sobre prados e sebes, desperdiçadas as suaves
cores da juventude...ou os amigos
a crescerem ao longe, em cidades particularmente turísticas.
Estranhas muralhas erguem-se no bluff duma rajada de vento -
não ruinas no senso tradicional, tu percebes,
mas o mistério que se revela
no fim do livro, sempre te amei, disse ela.
Gaivotas a planarem como se fossem guardanapos.
A colina do outro lado, como o dorso dum urso -
o esvaziamento dos resultados previsíveis, tomba na água como um latido
quando só as crianças estão a observar...é
um simples esboço, sem cor e pequeno...tão pequeno que tens
de te agachar sobre a pintura, talvez a ponta de uma seta
entre galinhas, seixos lisos, homens barbudos
a passar por um dos vários portões pintados.

by Robert VANDERMOLEN, in "POETRY MAGAZINE (USA)", December 2003

(Portuguese translated by Armando TABORDA, 2016)

(photo taken from Internet; edited by Armando TABORDA)
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9 comments

Ulrich John said:

And a great Shot !
8 years ago

Armando Taborda replied to Ulrich John:

Robert is a great freshly speaking / creating open mind and post-modern poems, fortunately still alive, living in Grand Rapids, Michigan (USA)!
8 years ago

cammino said:

Brandy doesn´t solve problems!
8 years ago ( translate )

Armando Taborda replied to cammino:

...but helps to forget them, cammino! :)
8 years ago

Armando Taborda said:

Muito grato pelo favorito, Xata!
8 years ago ( translate )

Malik Raoulda said:

Merci beaucoup Armondo de m'avoir fait connaitre "Robert Vandermolen"
Bon Vendredi .
8 years ago ( translate )

Armando Taborda replied to Malik Raoulda:

Tu es toujours bienvenu, Malik!
8 years ago ( translate )

Armando Taborda said:

Je te remercie le fave, Lebojo!
8 years ago ( translate )

Armando Taborda said:

Thanks for fave, .t.a.o.n.!
8 years ago ( translate )