I allowed a small song
to nestle between my breasts.
It was furtive, a ground squirrel
ocasionally checking the wind.

I thought it could not grow
on wine and despair. It didn't.
On the one sunny day in a rainy month,
it basked.

It took on colour: peacock blue
shimmering like sunlit sea. I feared
it would strut. I watched
it fly forth

afraid of no one
but me.

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"CANÇÃO UM ANO APÓS A MORTE DE MINHA MÃE"

Autorizei que uma pequena canção
nidificasse entre os meus seios.
Um esquilo, furtivo,
ocasionalmente a controlar o vento.

Pensei que não pudesse crescer
de vinho e desespero. Mas não.
Num dia de sol dum mês chuvoso,
estendeu-se ao sol.

Assumiu a cor: pavão azul
brilhando como o mar iluminado pelo sol. Temi
que pudesse desequilibrar-se. Vi-o voar
em força

sem medo de ninguém
excepto de mim.


by Carrie ETTER (b.1969), American poet, in "The POETRY REVIEW", Volume 104:2, Summer 2014

(Portuguese translated by Armando TABORDA, 2017)

(1st edition, 2014; 2nd edition, 2017)