Eu sei que Puccini estará lá,
no exato momento em que nossos corpos se desnudarão em prazer.
Pensei Bach, ou talvez Mozart.
Mas ali não me expressei,
pois que tal não me diz de um deus, nem mesmo de delicadezas.
Vislumbro a entrega, desenfreada em desejos.
Mãos em descobertas, pernas entrelaçadas e um prazer que se anuncia.
Fêmea que busca a expressão de um ritmo, nesta dança só nossa.
Pode ser que esteja noite, ou quem sabe, num amanhecer, de inverno ou verão.
Esse tempo não importa.
Ele está congelado, desde sempre em meus sonhos.
Espero.
Sem ternuras.
Pura experiência do selvagem, do sem palavras.
Feras que se caçam.
E se devoram.
Ao longe, e bem baixinho, Madama Butterfly vai chorar seu amor perdido.
2 comments
Rita Guimaraes said:
Rita Guimaraes said:
Muitos beijos