Sem contestações, o Facebook e o Twitter aí estão como um grande fenômeno, ou poderíamos dizer, “A” tendência moderna da comunicação?
Não estou em nenhum deles, mas sempre atenta aos comentários dos que estão à minha volta, e, são todas as pessoas. Estar de fora, significa quase uma “aberração.”
Li algo engraçado de um usuário das duas mídias:
"O Twitter faz eu gostar de pessoas que nunca vi, o Facebook faz eu odiar as que eu conheço.”
Brincadeiras a parte, grosso modo, há algumas diferenças entre os dois, das quais não me pretendo estudiosa. Ainda, com as limitações de quem nunca utilizou tais ferramentas. Na verdade, não estou aqui para dizer de aspectos técnicos ou discutir os prós e contras de cada um. Espero que isto fique muito bem entendido.
No Twitter, todo mundo pode seguir todo mundo, sem que a amizade ou um conhecimento prévio sejam requisitos, o que marca uma diferença do Facebook, uma rede mais antiga do que a primeira, onde as pessoas procuram o seu grupo, selecionam, restringem. Além de partilhar fotos, músicas, vídeos e notícias, o que é limitado por mensagens mais curtas no Twitter. (146 caracteres?).
Há um comentário em evidência, dizendo que atualmente, o Facebook assemelha-se muito ao Orkut, isto, num sentido bem pejorativo. Diz respeito ao conteúdo das trocas, à superficialidade e efemeridade do que ali circula. Sabemos da massificação e da banalização que ocorreu no Orkut.
Verdade?
Ainda assim, quem está no Facebook, não importa o nível social, intelectual, ou profissional, ali continua, e o número de adeptos cresce vertiginosamente, muito embora as críticas.
Uma outro fator importante a remarcar, as pessoas que desejam uma interação em assuntos específicos, ou num patamar mais sério e elevado, buscam os blogs afins. Isto, parece, legitima um status, traz um “UP” a quem freqüenta o Facebook. Poderíamos dizer que trata-se de um: EU ESTOU PERDOADO??? Claro, numa sociedade onde o olhar e o julgamento do outro contam, e muito.
Mas, como disse acima, não estou aqui fazendo um estudo comparativo, e muito menos emitindo julgamentos.
Entre as inúmeras vantagens e desvantagens de cada uma, estou de acordo com a afirmativa de que, “a qualidade da ligação emotiva, política e intelectual entre os membros de uma rede é determinante para o seu sucesso”.
A partir daí, fica-me uma espécie de divisão que se cria dentro de tais redes:
as que se firmam como “recreativa/light” X as que se propõem “mais sérias.”
Fazer parte de várias? Ficar só numa?
Tal nos permite entender um pouco do que se passa com a notícia do fechamento do Multiply.
No meu caso, com um número limitado de contatos, pude assistir e/ou participar de discussões (muitas vezes acaloradas), num altíssimo nível em filosofia, política, informática, fotografia, literatura, poesia, pintura, cinema, história, música, e um mundo de etcs. Paralelamente a bate-papos infindáveis de “comadres” e molecagens. Alguém chegou mesmo a nomeá-los de encontros de botequim.
Era possível circular em tudo isto, cotidianamente. A escolha era livre, sem que tivéssemos de “pular” de blog em blog para falar disto ou daquilo. Ter um outro espaço não era uma necessidade básica, mas sim, um desejo de afunilar ou ampliar conhecimentos ainda mais técnicos e profissionais.
Isto tudo, com muitas facilidades, dadas as ferramentas excelentes, que nos permitiam o acesso a inúmeras opções.
Dizer de nossa “orfandade” vai parecer que resvalo para o sentimental, o que já fiz num outro post. (sem medo ou vergonha).
Mas é verdade que estamos bem no centro da divisão que citei acima. Entre as duas tendências. Com milhares de opções em cada uma delas, algumas até pendendo a uma ocupação deste lugar do meio, buscado pelos “abandonados” do Multiply.
Ficar sem uma rede social hoje em dia é da ordem do quase impossível.
Um passo em falso é cair no movediço, e a busca continua.
Rita de Cássia Guimaraes
3 comments
Rita Guimaraes said:
Estamos com um leque aberto, e claro, de idéias também.
É isto, vamos experimentando aqui e acolá, até nos situarmos no que é bom, de preferência, junto a estas amizades maravilhosas que lá fizemos.
Beijos
2 said:
Gosto da diversidade, da interação e do contato com outras culturas que a Internet nos
oferece, meu Mutiply sempre foi um local aberto para todos, sempre aceitei todos os convites e não me arrependo, pérolas humanas entraram em minha vida.
Fujo de polêmicas e conflitos, amo música, com ela eu abstraio dos meu cotidiano cansativo, quando entro em minha rede social quero distrair-me e passar bons momentos nos posts dos meus amigos.
Não sei se o Ipernity será meu "lar" definitivo, inscrevi-me em vários sites, mas parece que começo a gostar daqui.
Obrigada por aceitar ser meu contato no Ipernity, Rita!
Alea jacta est! nosso Titanice está afundando, é mesmo hora de começarmos a formar um network fora do Multiply, o final será muito traumático, pelo menos para mim, ficarei muito triste, mas isso também vai passar, eu espero.
Um beijo! adorei seu texto, obrigada.
Eliane
Rita Guimaraes said:
Não havia lido o seu comentário (ainda meio perdida).
Você aborda o lado mais importante da convivência nas redes sociais.
Ative-me apenas à análise do que, a meu ver, explica o sucesso de nossa convivência no Multiply.
Ou seja, a partilha real, cordial, e até muito íntima dos pequenos grupos que ali formamos e mantivemos por anos.
Você ampliou e muito bem, sobre o que se passa na grande maioria delas.
Um abraço e muito obrigada.