Loading
Boring Saturday - Sábado Chato
A boring saturday is a boring day.

God Save the Queen! Who is able to save the common people' saturday?

Neither this nor that cause the "Blood Sweat and Tears" sounds without justify the blood sweat and tears dripping down our revered and vibrant listener bodies.

An idea is born
grow up
die purified by anarchic drizzle falling down out of the window over the horizon nightfall of building backyards with cloths drying up in balconies and the wind wrapping them
beating them
rapping them
abandoning them to gravity sustained by creaking wires on the casters and after tireless
repeating its circle sado-masochistic.

We think all or nothing and after we interrogate ourselves upon the cosmic dam idea of born for this
cause the original chromosome memory does not reveal us
cause we were given by the ironic creator of millions of galaxies with millions and millions of stars to entertain our astonishment.

We understand the reality through senses and after we dream such landscapes perfumes caresses wines and delicacies
melodies
we grew up educated and vivid adults for any saturday of self-service
slow death.
Um sábado chato é sempre um dia chato.

«God save the Queen! Who is able to save the common people' sataurday?»

Nem isto nem aqauilo porque os «Blood Sweat and Tears» soam sem justificar o sangue suor e lágrimas que ressumam nossos venerandos e vibráteis corpos ouvintes.

Nasce uma ideia
cresce
morre sepurada pela chuva miúda que cai anárquica para lá da janela entardecida no horizonte de traseiras de prédios com roupas a secar nas varandas e vento enrodilhando-as
fustigando-as
possuindo-as
abandonando-as à gravidade sustentada por arames rangendo nos rodízios e depois incansável
repetindo seu ciclo sado-masoquista.

Pensamos em tudo e nada e depois interrogamo-nos sobre que sacana de ideia cósmica foi essa de paridos para isto
porque a memória do cromossoma origem não nos revela
porque a ironia criadora nos deu milhões de galáxias com milhões de milhões de estrelas para entreter o nosso espanto.

Absorvemos tal real pelos sentidos e depois sonhamos quais paisagens perfumes carícias vinhos e petiscos
meloldias
crescemos adultos esclarecidos e vividos para um qualquer sábado de morte lenta
auto-servida.


by Armando TABORDA, in "MANUAL DO DESPERDÍCIO", Ceres Editora, 1994

(post !st edition, 2012; 2nd edition, 2019; 3rd edition, 2021)

8 comments

Armando Taborda replied to :

...fait pendant un embêtant samedi...merci infiniment à toi, Agatha!...
12 years ago ( translate )

Xata said:

E domingo ainda pior, não sei porque será...
12 years ago ( translate )

Armando Taborda replied to Xata:

...porque crescemos adultos esclarecidos e vividos para um qualquer domingo de morte lenta
auto-servida...
12 years ago ( translate )

Xata replied to :

Somos mesmo uns optimistas do caraças...
12 years ago ( translate )

Armando Taborda replied to :

:-))
12 years ago ( translate )

Armando Taborda said:

Thanks for fave, goandgo!
5 years ago ( translate )

Ulrich Dinges said:

wenn das eigene Leben so spannend wird wie in einem guten Kriminalroman dann ist es meistens für den betroffenen Menschen auch nicht schön
2 years ago ( translate )

Armando Taborda replied to Ulrich Dinges:

That's a good remark, John! I appreciated it very much! Thanks!
2 years ago